ETFs de Bitcoin e Ethereum sofrem saídas históricas, com perda recorde de US$ 6,4 bilhões em cinco semanas

Crise nos fundos de criptomoedas se aprofunda, com retração acentuada e incertezas no mercado. Analistas alertam para possíveis novas quedas.

Os fundos de investimento em criptomoedas estão enfrentando uma das maiores retrações já registradas. De acordo com um relatório da CoinShares, divulgado nesta segunda-feira, produtos negociados em bolsa (ETFs) que detêm Bitcoin, Ethereum e Solana registraram uma saída recorde de US$ 6,4 bilhões desde 7 de fevereiro. Somente na última semana, os fundos perderam US$ 1,7 bilhão, refletindo um mercado cada vez mais pressionado pela volatilidade e pela cautela dos investidores.

Apesar da queda, a estratégia de lançamento da criptomoeda foi um sucesso em termos de engajamento. Segundo Iqram Magdon-Ismail, cofundador da Venmo e um dos líderes do projeto, a meme coin ajudou a construir uma comunidade ativa em torno do aplicativo.

O movimento de saída massiva ocorre em um momento de incerteza econômica global, agravado pela política monetária do Federal Reserve (Fed) e tensões comerciais impulsionadas pelas tarifas implementadas durante o governo de Donald Trump. Segundo James Butterfill, chefe de pesquisa da CoinShares, o mercado enfrenta “muita resistência” após o Bitcoin atingir uma baixa de quatro meses, chegando a US$ 77.000 na semana passada.

Mercado de criptomoedas em turbulência

O índice de Medo e Ganância, que mede o sentimento dos investidores, despencou para “Medo Extremo” na semana passada, alcançando um valor de 20. No entanto, nesta segunda-feira, o índice subiu novamente para “Medo”, atingindo 32. Essa leve recuperação sugere um otimismo cauteloso, sustentado por previsões de traders da plataforma MYRIAD, que estimam uma chance de 80% de que o índice permanecerá acima de 30 na terça-feira.

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Os fundos de Bitcoin foram particularmente impactados, registrando uma saída de US$ 978 milhões na última semana. Apesar disso, o preço do Bitcoin já mostrou sinais de recuperação, subindo para US$ 83.000. No entanto, Butterfill alerta que ainda há “muita resistência” e que “mais dor está por vir”, indicando que a volatilidade pode continuar no curto prazo.

 

Destaque: “Os fundos de criptomoedas perderam US$ 6,4 bilhões em apenas cinco semanas, a maior saída registrada pela CoinShares.”

 

Decisões do Federal Reserve e impacto no mercado

Nesta semana, o Federal Reserve realizará sua mais recente reunião de política monetária. Embora as expectativas sejam de que as taxas de juros permaneçam inalteradas, a atenção do mercado está voltada para as projeções econômicas que serão divulgadas. Fatores como emprego e inflação podem influenciar diretamente a direção do mercado de criptomoedas nos próximos meses.

Os números recentes da inflação, medidos pelo Índice de Preços ao Consumidor, mostraram sinais de arrefecimento. No entanto, o principal indicador de inflação usado pelo Fed, o Índice de Despesas de Consumo Pessoal, será atualizado apenas após a conclusão da reunião, na quinta-feira.

O pessimismo do consumidor também está em evidência. Uma pesquisa recente da Universidade de Michigan mostrou que o sentimento do consumidor caiu para seu menor nível desde novembro de 2022. Segundo Butterfill, essa queda no otimismo pode pressionar o Fed a cortar as taxas de juros em breve, tornando o crédito mais barato e, potencialmente, impulsionando os preços das criptomoedas.

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Destaque: “A deterioração do sentimento do consumidor nos EUA pode levar o Federal Reserve a cortar as taxas de juros, beneficiando o mercado de criptomoedas.”

 

O que esperar para os próximos meses?

O mercado de criptomoedas permanece em um momento de incerteza, equilibrando-se entre a pressão das saídas de capital e a esperança de um afrouxamento da política monetária. Para investidores e analistas, o próximo grande evento será a decisão do Fed e suas projeções econômicas, que podem ditar o rumo do Bitcoin e de outros ativos digitais.

Enquanto isso, a volatilidade deve continuar sendo uma constante no mercado, com especialistas apontando que o pior pode ainda não ter passado. O que é certo é que, em tempos de incerteza, o mercado de criptomoedas continua a testar os limites da resiliência dos investidores.

O pessimismo do consumidor também está em evidência. Uma pesquisa recente da Universidade de Michigan mostrou que o sentimento do consumidor caiu para seu menor nível desde novembro de 2022. Segundo Butterfill, essa queda no otimismo pode pressionar o Fed a cortar as taxas de juros em breve, tornando o crédito mais barato e, potencialmente, impulsionando os preços das criptomoedas.

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