Criptomoedas em queda: Bitcoin e Ethereum despencam em meio a tensões comerciais e inflação

Movimentações no mercado financeiro refletem incertezas globais, levando ativos digitais a um declínio acentuado.

O mercado de criptomoedas começou a semana em forte retração, refletindo o aumento das tensões comerciais e as preocupações com a inflação. O Bitcoin caiu para US$ 82.100, enquanto o Ethereum recuou para US$ 1.790 e o XRP atingiu US$ 2,13, segundo dados da CoinGecko. A queda ocorre em meio à instabilidade nos mercados tradicionais, com os investidores reagindo a medidas tarifárias e à volatilidade econômica.

Os mercados futuros dos EUA também apresentaram desempenho negativo. Os contratos vinculados ao S&P 500 e ao Nasdaq-100 registraram perdas entre 0,7% e 0,8%, enquanto os futuros do Dow Jones caíram 0,55%. Esse movimento ocorre antes da implementação de tarifas recíprocas anunciadas pelo governo de Donald Trump, que podem atingir até 25 países e impactar setores como automóveis, semicondutores e produtos farmacêuticos.

Impacto no mercado: Estima-se que as tarifas sobre automóveis, por si só, afetem US$ 275 bilhões em importações anuais. Além disso, o pacote tarifário do governo pode gerar até US$ 600 bilhões em receita anual por meio de um novo mecanismo de cobrança, o chamado “External Revenue Service”.

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“Uma desaceleração econômica claramente começou”, alertou o relatório.

A crescente incerteza econômica já afeta o sentimento do consumidor nos EUA. Segundo a Kobeissi Letter, uma publicação financeira, o índice de confiança dos consumidores caiu cerca de 20 pontos no último mês, atingindo 57 pontos, o menor nível já registrado fora de uma recessão formal.

Os investidores institucionais também demonstram cautela, reduzindo suas posições em ativos de alto risco. O movimento não se restringe apenas às criptomoedas: as ações das chamadas “Magnificent 7”, que incluem gigantes como Apple, Microsoft e Tesla, perderam mais de US$ 3 trilhões em valor de mercado recentemente.

Embora o Bitcoin seja frequentemente citado como uma possível proteção contra a inflação, sua correlação com os mercados tradicionais ainda é evidente. No último grande conflito comercial durante o governo Trump, os preços das categorias afetadas pelas tarifas subiram 4%, enquanto setores não impactados viram uma queda de 2%.

O cenário atual sugere que a volatilidade deve continuar tanto no mercado de ações quanto no de criptomoedas. O comportamento dos investidores nas próximas semanas será crucial para entender se o Bitcoin conseguirá se firmar como um ativo de proteção ou se seguirá atrelado ao humor dos mercados globais.

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Perspectivas para o futuro

Com a inflação em alta e os mercados instáveis, os investidores devem se preparar para uma fase de maior turbulência. A atenção agora se volta para a política monetária do Federal Reserve e para os desdobramentos das disputas comerciais, que continuarão a influenciar a trajetória do Bitcoin e de outros ativos financeiros.

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