
Um dos piores colapsos recentes no universo cripto deixou investidores da Mantra atônitos. Em apenas 60 minutos, o valor do token OM despencou drasticamente, provocando perdas bilionárias. Como resposta, o CEO e cofundador do projeto anunciou uma medida extrema: a destruição completa de sua própria participação em tokens da equipe.
Desvalorização relâmpago afasta a Mantra do topo do mercado
No último domingo, o OM sofreu uma queda acentuada que reduziu seu preço de US$ 6 para cerca de US$ 0,40 em um piscar de olhos. Até poucos dias antes, o token figurava entre os 25 maiores ativos digitais em capitalização de mercado. Após o colapso, ele desapareceu do radar dos 100 principais.
Segundo informações oficiais, o tombo foi causado por liquidações em massa numa grande corretora centralizada. A equipe da Mantra negou qualquer envolvimento direto com essas operações e afirmou que nenhum membro realizou vendas ou usou alavancagem que pudesse ter levado a liquidações forçadas.
CEO opta por renunciar à sua reserva de tokens
Diante da pressão da comunidade, John Patrick Mullin recorreu a uma estratégia radical. Em uma publicação nas redes sociais, ele afirmou que queimará todos os tokens que lhe seriam destinados como parte da equipe — ativos que começariam a ser desbloqueados apenas em 2027.
A queima desses tokens, segundo ele, tem como objetivo demonstrar comprometimento com o ecossistema. Mullin ainda prometeu criar um programa mais amplo de queima envolvendo outras partes do fornecimento de OM. Ele relatou também que outros colaboradores da Mantra já sinalizaram apoio à iniciativa.
Operações de mercado levantam questionamentos
Apesar da promessa de transparência, surgiram críticas sobre como a Mantra vinha conduzindo certas operações. O influente criador de conteúdo Coffeezilla, conhecido por investigações no setor cripto, questionou as negociações feitas fora das exchanges públicas.
De acordo com Mullin, entre US$ 20 e US$ 30 milhões em OM foram vendidos diretamente a um comprador não identificado, fora das plataformas tradicionais. Parte desses recursos, disse ele, foi utilizada para recomprar tokens no mercado, através de empresas especializadas em prover liquidez.
Essa estratégia foi classificada por críticos como uma forma de manipular o preço do ativo. Mullin, por sua vez, afirmou que o objetivo era apenas sustentar a atividade do mercado em momentos de baixa liquidez. Segundo ele, as recompras não seguiram metas específicas de suporte ou valorização, sendo realizadas de maneira estratégica ao longo de vários meses.
O futuro da Mantra ainda está em jogo
A decisão do CEO de abrir mão de sua alocação de tokens pode representar um divisor de águas para o projeto. Embora ousada, a medida sinaliza uma tentativa de reposicionar a imagem da Mantra diante de uma comunidade abalada.
Ainda não é possível medir o impacto real dessa ação. No entanto, ao admitir erros de condução e prometer mudanças estruturais, Mullin parece disposto a enfrentar as críticas de frente. O mercado, por sua vez, seguirá atento às próximas movimentações do projeto e aos desdobramentos da prometida queima em massa.